Autor:
Redação
Seção:
Charge & cartum
Publicado em:
1 de Julho de 2025
Tempo de leitura:
2 minutos

Atmosfera carregada na capital ameça trabalhador (montagem de Guto Camargo sobre foto de Leonardo Sá / Agência Senado)
Congresso conservador sabota povo brasileiro
Por: Redação
Não é novidade para ninguém que os partidos da direita e centro-direita que formam a maioria no Congresso Nacional abriram guerra contra a administração do presidente Lula. Agrupados no chamado “Centrão” com suas subdivisões; bancada da Bala, da Bíblia, do Agro e outros filhotes defendem escancaradamente seus interesses, os do grande capital e, consequentemente, prejudicam a maioria da população.
Aquilo que era conhecido como “presidencialismo de coalizão” onde o Executivo devido a peculiaridades da fragmentação de sistema político e a falta de maioria se via obrigado a negociar com o Congresso a execução de suas funções administrativas, após o golpe do impeachment da presidente Dilma, do governo desastroso de Temer seguido da tragédia Bolsonaro, acaba se deteriorando em um modelo praticamente disfuncional de Estado.
Na conjuntura atual o poder Legislativo passa a deter, em parte, também função executiva, abalando assim a consagrada divisão e independência dos poderes que caracteriza a democracia moderna. Mecanismos como orçamento secreto ou emendas parlamentares impositivas permitem ao Legislativo administrar verbas (atualmente em cerca de 50 bilhões de reais) invadindo a competência do Executivo, o que, aliado ao seu papel de elaborar e aprovar leis, extrapola suas funções originais e lhe permite virtualmente chantagear e paralisar o governo do presidente Lula.
Desta forma os presidentes do Senado, Davi Acolumbre (União), e o da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos), pretendem impor suas pautas e controlar o Executivo. Medidas como o aumento de mais 18 cadeiras no número de deputados; a recusa em aprovar a nova tabela de Imposto de Renda que beneficia os mais pobres; a taxação das grandes fortunas; a não aprovação do aumento do Imposto Sobre Operação Fiscal (IOF) que recairia sobre os mais ricos, entre outras iniciativas parlamentares têm o objetivo de obrigar o governo a cortar gastos sociais para equilibrar a balança dos gastos estão abertamente favorecendo os ricos, mantendo seus privilégios e prejudicando a maioria da população. Politicamente pretendem desgastar o PT em uma tentativa de enfraquecer a legenda para as próximas eleições.
Como se não bastasse, avança no Legislativo a ideia de anistiar o ex-presidente Bolsonaro e seu entorno que, tudo indica, será condenado pela tentativa de golpe, o que deve abrir uma nova frente de conflito, agora com o Judiciário.
Este ambiente político, altamente tóxico para o cidadão, serve de combustível para a charge crítica dos artistas da Pirralha, que, ao contrário dos parlamentares do Centrão, estão do lado do povo brasileiro.
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