Drama e arte na obra de Sebastião Salgado

Autor:
Redação

Seção:
Charge & cartum

Publicado em:
29 de Maio de 2025

Tempo de leitura:
~1 minuto

As fotos e os livros de Sebastião Salgado são testemunhos das contradições da nossa época

Drama e arte na obra de Sebastião Salgado

Por: Redação

Na Sexta-feira, 23 de maio, morreu, aos 81 anos, Sebastião Salgado, um humanista que se expressava através de fotos marcadas pelo contraste do claro escuro e sombras marcantes. Suas imagens em preto e branco, carregada de dramaticidade, expressavam seu compromisso social de maneira tão efetiva quanto a dos mais fortes manifestos políticos da história.

A preocupação social em Sebastião Salgado antecede sua obra fotográfica. Em 1969 muda para Paris acompanhando sua mulher Lélia que iria estudar arquitetura e artes, o autoexílio o livrou da prisão (e certamente da tortura) pois a máquina de repressão da ditadura o acusava de pertencer a ALN – Aliança Libertadora Nacional, grupo armado comandado por Carlos Marighella. Mesmo na Europa foi vigiado pelos militares sob a alegação de que abrigava os exilados políticos.

Foi em Paris que iniciou o trabalho com a fotografia, inicialmente de maneira amadora ainda como economista até se tornar um dos mais respeitados fotojornalistas do mundo. Depois de décadas de reportagens visuais impactantes sobre êxodos populacionais, massacres e violências que assolam o planeta volta seu olhar para a terra, suas paisagens e animais, tornando-se defensor dos povos originários da amazônia e ambientalista.

Aliás, além de seus livros e imagens também deixa como legado o Instituto Terra, que ele e sua companheira de vida criaram na fazenda de seu pai na cidade de Aimoré (MG) onde passou a infância. O instituto surge após um trabalho de décadas para recuperar a mata nativa e os cursos d’água.

Clique na imagem para ampliar


Jorge Inácio


Nei Lima


Alex Ponciano


Nilton de Faria


Thiago Lucas


Fernandes


Guto Camargo


Claudia Carezzato