
Autor:
Redação
Seção:
Charge & cartum
Publicado em:
30 de Outubro de 2025
Tempo de leitura:
3 minutos
A violência policial no Rio de Janeiro causou indignação e protestos, inclusive dos chargistas (foto: Fernando Frazão/Agência Brasil)
Intenções políticas e chacina no Rio de Janeiro
Por: Redação
Desde as primeiras horas daquela terça-feira, 28 de outubro, a população da cidade do Rio de Janeiro viveu um dia de terror. Neste dia o governador do Estado, Claudio Castro ordenou uma operação policial no Complexo do Alemão e na Penha que resultou em mais de 120 mortes, naquilo que está sendo vista como a maior chacina da história da cidade. O motivo da calamitosa iniciativa seria o combate aos grupos criminosos do Comando Vermelho e do Primeiro Comando da Capital.
A Organização das Nações Unidas (ONU) publica um informe se mostrando horrorizada com a operação policial a direita e o ministro da Justiça e Segurança Pública, Ricardo Lewandowski, se mobiliza com a criação de um escritório emergencial de combate ao crime organizado e busca aprovar a PEC da segurança Pública que prevê integrar as polícias
A reação da sociedade civil e dos defensores dos direitos humanos foi imediata; a Frente Brasil Popular e Frente Povo Sem Medo se unem a Coalização Negra por Direitos e chamam um ato para o dia 31 de outubro e a Comissão Arns lamenta em nota pública “O descontrole demonstra que o inaceitável se acomodou em padrão de conduta do Estado, a despeito do direito à vida da comunidade dos cidadãos fluminenses, especialmente dos mais frágeis”.
Inclusive a coordenadora do Núcleo Palestina do PT, Teresinha Pinto, lembra que as mesmas armas usadas pelo exército sionista no genocídio em Gaza estão presentes no arsenal da PM do estado do Rio de Janeiro que as importa diretamente de Israel a revelia do governo federal. Esta constatação torna o episódio ocorrido no Complexo do Alemão uma coincidência ainda mais macabra.
Enquanto isto os governadores de direita Romeu Zema (Novo), de Minas Gerais; Ronaldo Caiado (União Brasil), de Goiás; Jorginho Mello (PL), de Santa Catarina; e Mauro Mendes (União Brasil), de Mato Grosso expressam apoio político a governador Castro do Rio de Janeiro. que pretendem equiparar o narcotráfico aos grupos terroristas, o que, na atual conjuntura internacional, abriria espaço até mesmo para uma ameaça de invasão do território brasileiro por forças estado-unidenses, ameaça que paira sobre a vizinha Venezuela.
Por tudo isto, o que está em jogo é mais do que uma mal planejada e executada ação policial e se configura como uma manobra política da direita que busca o sensacionalismo e a violência como método para ameaçar a democracia e o governo do presidente Lula, afinal, em 2026 teremos novas as eleições.
Nesta situação, nada mais adequado do que o uso da charge política para denunciar a violência, o que os chargistas da Revista Pirralha fazem com perfeição.
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