Autor:
Redação
Seção:
Charge & cartum
Publicado em:
24 de Maio de 2024
Tempo de leitura:
2 minutos
O batalhão da Polícia Militar expulsa da Alesp de maneira violenta os manifestantes contrários à criação das escolas cívicos-militares (foto arquivo UPES SP)
Agora a PM vai à escola em São Paulo
Por: Redação
A Assembleia Legislativa de São Paulo (Alesp) aprovou no dia 21 de maio o projeto de lei de autoria do governador Tarcísio Freitas (Republicanos) que permite a criação de escolas cívico-militares na rede estadual de educação. O programa divide a gestão de uma escola em dois grupos; a área pedagógica, responsável pelas atividades em sala de aula, e a polícia militar, encarregada de monitorar os alunos e realizar atividades extracurriculares. Este sistema já se encontra implantado em alguns estados onde é alvo de várias críticas sendo, inclusive, considerado inconstitucional pela Advocacia-Geral da União.
O resultado lógico desta “pedagogia cívico-militar” será que a escola não mais será espaço de conhecimento, de liberdade de ideias e se fechara no objetivo estreito de defender uma ideia de pátria tradicional e conservadora sem espaço para a diversidade cultural e a criatividade.
“O governador de São Paulo age como um ditador provinciano e impõe pela força, na base do prendo e arrebento, a sua agenda em favor das pautas neoliberais, anti-sociais e de intolerância contra qualquer luta por direitos, seja no que diz respeito à educação, à moradia, a reforma agrária, ou em defesa dos serviços públicos”.
Raimundo Bonfim, advogado e coordenador nacional da Central de Movimentos Populares (CMP)
Apesar destes antecedentes desabonadores e da resistência de estudantes, professores e setores da sociedade o governador fez seu projeto ser aprovado à força com a cumplicidade de 54 deputados que votaram a favor da proposta. No dia da votação os espaços da Alesp foram tomados pela Polícia Militar que agrediu os manifestantes contrários ao projeto e deteve vários estudantes, como Luiza Martins, presidente da União Paulista de Estudantes Secundaristas (foto - arquivo UPES SP). A explicação dada em nota pela Alesp para justificar a agressão foi a de que que alguns manifestantes tentaram invadir o plenário Juscelino Kubitscheck e foram contidos pela Polícia Militar, sendo posteriormente apresentados à Polícia Civil.
Após estes acontecimentos alguns chargistas da Revista Pirralha entraram em ação
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