Autor:
Redação
Seção:
Charge & cartum
Publicado em:
12 de Outubro de 2023
Tempo de leitura:
3 minutos
Em 1994 Yasser Arafat, Shimon Peres e Yitzhac Rabin receberam o Prêmio Nobel da Paz, hoje, um constrangimento histórico
Desde 1948 esperando a paz que não vem
Por: Redação
Apesar do conflitos entre povos árabes e judeus serem registrados desde a antiguidade, foi a partir de 29 de novembro de 1947 quando a Organização das Nações Unidas (ONU) aprova a criação de Israel dividindo a Palestina em dois estados: um judeu e outro árabe, que o conflito adquire o contorno que está por trás da atual escalada da guerra que eclodiu após a invasão do grupo Hamas ao território de israelita (causando várias mortes) e a resposta do estado de Israel (ainda mais mortífera). Esta data introduz o sionismo, doutrina política que propõe a criação de um estado livre de influências externas e baseado nas tradições religiosa judaicas como um novo elemento - polêmico e potencialmente conflitivo - na geopolítica mundial do pós guerra pois sua criação teve oposição dos árabe. O local escolhido foi exatamente a Palestina (onde ficava o Reino de Israel por volta de 930 a.C) que no começo do século XX era controlado pela Inglaterra a qual incentivou a imigração de judeus da Europa para .lá,
A partir deste momento são registrados as primeiras terras confiscas pelos novos colonos e, consequentemente, os conflitos armados. Em um combate desigual os palestinos foram perdendo suas terras, as resoluções da ONU descumpridas e com a grande presença de sionistas no governo de Israel a situação chega ao ponto atual com as ações das autoridades israelenses respondendo aos ataques do grupo Hamas (que controla a faixa de Gaza) com uma escalada de violência que não poupa civis, acarreta a destruição dos serviços básicos como água e luz e pode terminar em um massacre sem precedentes. Os bombardeios israelenses fizeram vítimas inclusive entre idosos, mulheres, crianças, jornalistas e profissionais das agências humanitárias – médicos, paramédicos, enfermeiros e motoristas de ambulâncias – desrespeitando o direito internacional. Neste contexto poucas vozes se levantam para defender a paz e exigir o fim da violência que já é por muitos críticos considerada um crime de guerra executado por uma nação que defende abertamente a segregação racial contra os palestinos . Entre as vozes pacifistas mais ouvidas está a do presidente Lula, uma vez que o Brasil ocupa no momento a presidência do Conselho de Segurança da ONU e convocou uma reunião para discutir a situação da Faixa de Gaza.
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O conflito entre Palestina e Israel sempre alimentou a charge política - As negociações de paz patrocinada pelos EUA nos anos de 1993, que terminou com um acordo que na prática foi ignorado por Israel que continuou com sua política de anexação de territórios árabes por parte de colonos judeus já era visto à época com ceticismo por Nei Lima. Apesar do acordo valer um Nobel da Paz a violência continua com ações de grupos armados de palestinos sendo retaliados com o uso de uma força desproporcional, como relata a charge de Alex Ponciano de 2008, publicado no jornal A Tribuna de Santos. Segundo o chargista "Após a publicação da charge veio uma critica por telefone para a redação do jornal. Era alguém que representava a comunidade judaica de Santos e reclamava que minha charge era critica demais a Israel que só estava se defendendo dos ataques de foguetes lançados de Gaza. Depois disso os editores pediram pra focar em assuntos regionais". este fato demonstra como a mídia em geral aborda a reação de Israel de maneira mais favorável do que as ações dos palestinos, aliás, algo que se repete neste momento.