Autor:
Redação
Seção:
Charge & cartum
Publicado em:
19 de Julho de 2023
Tempo de leitura:
2 minutos
Nos primórdios da Bossa Nova João Donato encontra Dolores Duran (foto; autor desconhecido, Facebook do artista)
Da floresta amazônica para o universo
Por: Redação
Nascido em Rio Branco, capital do Acre, em plena amazônia brasileira, o garoto João Donato começou sua trajetória na música ainda criança quando seu pai lhe presenteou com um acordeom, o que lhe proporcionou a possibilidade de compor uma primeira valsa aos sete anos. O artista morreu no dia 17 de julho aos 88 anos, exatamente um mês antes de completar mais um aniversário, uma vez que nasceu no mesmo dia em agosto de 1934. O governo do Acre homenageou o músico dando seu nome ao complexo cultural Usina de Arte, na capital (no destaque uma rara foto do artista quando criança que pertence ao acervo da família e foi reproduzida pelo site Notícias do Acre, da Secretaria de Estado de Comunicação)..
Aos 10 anos foi com os pais para o Rio de Janeiro, aos 15 começou a tocar profissionalmente, em 1953 fundou seu primeiro conjunto e nunca mais parou de tocar e compor. João Donato e seu talento estavam na hora certa no local certo pois no final da década de 1950 e se envolveu diretamente naquele que foi o mais importante movimento musical da história brasileira que ficou conhecido mundialmente como Bossa Nova. A internacionalização da Bossa Nova lhe lhe garantiu prestígio internacional e abriu as portas para tocar com os grandes nomes do jazz em qualquer lugar do globo.
Mas, como acontece com os grandes talentos da música brasileira, não é possível limitar sua arte a um único estilo musical, assim João Donato foi além da Bossa Nova como pianista, cantor e compositor. Sua arte musical transita pela MPB, jazz, ritmos caribenhos e, obviamente, o samba. Chá Dançante foi o primeiro álbum que gravou, em 1956, e o último, Serotonina, no ano passado. E a lista de parceiros com quem tocou -- impossível nominar todos -- inclui desde Altamiro Carrilho até Tom Jobim, passando por jazzistas como Chet Baker e Herbie Mann, além de músicos caribenhos como Mongo Santamaría e Tito Puente. como se não bastasse suas melodias receberam letras de Caetano Veloso, Gilberto Gil e até Martinho da Vila, entre outros nomes importantes da MPB.
Devido a esta mistura de ritmos João Donato iria gostar desta homenagem que a Revista Pirralha lhe presta com diversos desenhistas e seus variados estilos.