Autor:
Redação
Seção:
Charge & cartum
Publicado em:
2 de Setembro de 2024
Tempo de leitura:
2 minutos
O organograma ideológico empresarial de Elon Musk (montagem e caricatura de Guto Camargo)
Indo direto ao “Xis” da soberania nacional
Por: Redação
A plataforma de mensagem X (antigo Twitter) de propriedade do empresário do setor de tecnologia Elon Musk teve suas atividades suspensas no Brasil por decisão do ministro Alexandre de Moraes do Supremo Tribunal Federal (STF), sentença confirmada posteriormente pelos demais ministros do Tribunal.
O bilionário Elon Musk tem desrespeitado a legislação brasileira, ignorado determinações da justiça além de ser acusado de atentar contra a ordem democrática. Não por acaso o voto do ministro Alexandre de Moraes ressalta “a instrumentalização da X Brasil, por meio da atuação de grupos extremistas e milícias digitais nas redes sociais, com massiva divulgação de discursos nazistas, racistas, fascistas, de ódio, antidemocráticos”. Para tentar se livrar multas que já somam R$ 18,35 milhões fechou seu escritório no país em 17 de agosto.
No entanto, para que o X continue a funcionar no país é necessário que ela tenha ao menos um representante local devidamente nomeado, o que Musk também não providenciou. O resultado deste descaso com as leis foi o bloqueio da plataforma no Brasil. O problema ultrapassa a questão meramente empresarial e adquire contornos políticos sérios uma vez que Musk é um dos grandes apoiadores da direita, tem colocado sua rede X a serviço das forças conservadoras em todo o mundo e nos EUA apoia abertamente Donald Trump.
Em vista destes fatos, e tendo em vista de que a liberdade de expressão não protege violações aos direitos e à lei, o banimento da plataforma X (até que pague as multas e se submeta a legislação nacional) se reveste do caráter de defesa da soberania nacional e do estado democrático de direito. Tudo isto serve de material de fundo para a criação dos chargistas da Revista Pirralha.
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