Autor:
Redação
Seção:
Desenhistas
Publicado em:
6 de Novembro de 2023
Tempo de leitura:
2 minutos
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Carlo Ambrosini fotografado em seu atelier em uma entrevista para o site italiano Fumetto Logica (foto não creditada)
As ligações brasileiras de Carlo Ambrosini
Por: Redação
Carlo Ambrosini, quadrinhista e roteirista nascido em Azzano Mella (Itália) em 15 de abril de 1954 morreu na noite de 1º de novembro aos 69 anos. Começou a desenhar quadrinhos de guerra em 1976 para a editora Dardo, atuou em outras editoras italianas como Editoriale Corno, Ediperiodici e Mondadori mas foi nos gibis da Sergio Bonelli Editore, a mais importante da Itália, que firmou seu nome no mundo dos fummetti a partir da década de 1980. Nesta editora desenhou alguns episódios de Ken Parker, Tex e, principalmente, Dylan Dog. Em 1997 lança o detetive Napoleone, uma série, infelizmente, pouco divulgada no Brasil (também criou em 2008 as aventuras - bastante originais - de Jan Dix, um crítico de arte).
Este breve currículo já mostra a dimensão da importância de Ambrosini no mundo das Histórias em Quadrinhos, mas, para os artistas brasileiros, sua morte representa também a perda de um companheiro próximo. O cartunista Santiago, colaborador da Revista Pirralha, esclarece esta ligação: "Ambrosini se tornou amigo dos desenhistas de Porto Alegre pois namorou e casou com a desenhista gaúcha Lu Vieira. Acompanhamos o drama dele após um AVC violento. Tudo isso há menos de um mês" e acrescenta "Carlo era uma boa pessoa, companheiro de cerveja nos botecos de POA". Também Integrante da Revista Pirralha, Bira Dantas é outro artista que admira o trabalho do italiano; "Carlo Ambrosini agradou-me pela pincelada solta na arte-final". Bira, apreciador dos gibis de Tex, que, inclusive, colabora desde 2008 com o site português Tex Willer Blog fez para aquela publicação caricaturas dos vários desenhistas de Tex, a de Carlo Ambrosini pode ser vista no destaque.
“Para desenhar uso ferramentas bem clássicas: tinta, pincel e, ultimamente, caneta Bic. Não desenho no computador, que uso (um pouco contra mim mesmo) para colorir."
entrevista de Carlo Ambrosini ao site Fumetto Logica
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Foto do casamento de Carlo Ambrosini e da cartunista, ilustradora e tatuadora brasileira Lu Vieira
Casei-me com um buquê de gibis nas mãos
"Primeira vez que eu li o nome Carlo. Ambrosini foi quando eu tinha 14 anos na história em quadrinhos de Ken Parker, Pele vermelha. Vinte e um anos depois conheci o homem por trás do desenho! Quem diria que ele se tornaria meu marido!!!" A artista também esclarece que o buquê que ela carrega é um origami feito por ela com cópias de páginas da história de Ken Parker desenhadas pelo marido. (foto e declarações do Facebook da artista).